SONORIDADES


Bruna Ramos, Lidiane Villanacci, Lizandra Romano, J. Augusto de Paula e Suzileide De Melo



A música é uma das mais diversas formas de linguagens das artes. Segundo Carrasqueiras (2018) o ensino da música deve contemplar formas mais profundas da formação do educando como a criatividade, o domínio da linguagem musical e a sintonia com a sua herança cultural.

A utilização de materiais recicláveis e a construção dos próprios instrumentos pode proporcionar ao sujeito novas possibilidades de aprendizagem criativa além de unir o ensino das artes com diálogos interdisciplinares sobre sustentabilidade e música.

Da mesma forma, Paulo Freire propõe que ensinar demanda uma reflexão crítica sobre a prática.

Nas palavras de Freire (1996), a prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer.

Associando a prática docente, a vivência e a importância de discutir saberes e fazeres na educação pode-se ampliar o movimento dialético e dinâmico de novas práticas pedagógicas interdisciplinares.

Ao pensarmos que nosso planeta não teve uma data de nascimento e sim que tudo é um processo contínuo, percebemos o quanto todo gesto, por mínimo que seja, afeta a vida planetária.

O capitalismo tem como base o consumo para além do necessário para a sobrevivência, o que gera um excesso de acúmulo e de descartes.

A natureza, muitas vezes recebe esse excedente em forma de lixo. Retirar alguns itens do “lixo na natureza” e transformá-los em instrumentos musicais é um processo micropolítico, mas que engrandece a alma, e nos inspira a pensar que é possível evitar o fim do mundo.

Sons, instrumentos, sustentabilidade, reciclagem