CORPO SEM ÓRGÃOS EM TEMPOS DE APATIA

Francisco Alessandri Gonçalves de Andrade


Este vídeo performance, em tempos de pandemia, procura conhecer e experimentar a importância do corpo e suas implicações nos trabalhos artísticos em um atelier de cerâmica. Expressa de maneira despretensiosa o performar intimista do ceramista em seu espaço, onde, o artista pode entender e reconhecer o próprio corpo para que assim possa efetivamente criar.

Para tal criação, buscou-se informações teóricas e práticas por meio de uma metodologia performativa de informações sobre o corpo na arte, por meio de autores como Eleonora Fabião, Deleuze & Guattari que elucidam a importância de não se interpretar e sim vivenciar as performances e os textos estudados.

Segundo Deleuze e Guattari a partir de Antonin Artaud, na criação, o artista desorganiza o corpo, se esvazia, criando para si um corpo sem órgãos, pensamento de Antonin Artaud, que acreditava que o corpo ou os órgãos seriam todas as maneiras particulares de se ter acesso ao mundo, são todas as partes que fazem com que se possa parcialmente experimentar a natureza, porém, em Vinte e oito de novembro de 1947, por uma conferência radiofônica, Artaud declara guerra aos órgãos, para Deleuze e Guattari a Guerra aos órgãos não era realmente uma guerra aos órgãos, mas sim aos organismos, extratos que se prendem ao corpo e impedem que o artista tenha liberdade, expressão e criatividade. Como referências artísticas, a vídeo performance experimentada, conta com a poética de artistas como Rubiane Maia e Maurício Ianes.

PALAVRAS-CHAVE: VIDEO, VAZIO - CHEIO - VAZIO, DESEJO, LIBERDADE

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