CADEIRA PARA QUEM?

Ana Cristina Porto Silveira
Ana Paula Garcia
Camila Carla de Meneses Silva
Dayana Vieira de Rezende Silva
Keithy Hellen Pereira
Lucivânia Pereira dos Santos
Paulo Jarbas Cardoso da Silva


Produzimos objetos, consumimos objetos, somos definidos a partir daqueles que usamos e dos que deixamos de usar.

Objetos são históricos, culturais, mudam suas características e funções de acordo com o momento, a situação, o lugar.Uma simples cadeira, por exemplo, guarda em si o poder, o acesso, a cerimônia, a equidade ou a exclusão.

Fazendo uma crítica social referente a hierarquização e importância das cadeiras na nossa sociedade.

As cadeiras, neste período pandêmico e com as atividades remotas, têm tido lugar de destaque nas residências, cotidianamente, o que antes era considerado apenas um objeto para se sentar à mesa na hora das refeições, ganhou protagonismo e o desejo de que seja ergonomicamente confortável.

Porém esta pode ser mais uma cilada dos objetivos de uma sociedade pautada nas desigualdades sociais, no capital e no poder, na medida em que as pessoas passam mais tempo sentadas nas suas cadeiras super-hiper-mega confortáveis - e esta não é a realidade de todos – alienam-se passivamente por uma realidade virtual, altamente manipulada pelos algoritmos.

No entanto, é sempre um embate de quem lê atravessado por suas referências, pelos códigos que domina por seu ponto de vista, com o que é visto, sentido e entendido.

Este item comum, normalizado, nas casas e lugares ainda tem capacidade de exclusão e símbolo de poder.

Quem poderá ocupar essa ou aquela cadeira? Quem tem o poder de decidir isso?

Em si a verdadeira dança das cadeiras.

Com a pandemia as cadeiras ganharam relevância e destaque, “fica em casa”, “trabalhe de casa”, “estude em casa” trouxe à cena novas discussões, embates e situações para refletirmos, “quem será excluído dessa vez”?

PALAVRAS-CHAVE: CADEIRA, OBJETOS, PANDEMIA,

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