ATÉ ONDE CHEGAM OS OLHOS
Geraldo Saldanha Espíndola
Isabela Francisconi
Laura Resende de Paula
Luana Rodrigues de Souza
Baseando-se no conto “A história do lagarto que tinha o costume de jantar suas mulheres” de Eduardo Galeano e através da busca por investigar o espaço e consequentemente, a história singular que estes carregam, iniciou-se o processo do trabalho intitulado “Até onde chegam os olhos”.
O processo se deu de forma colaborativa e já trazia desde o treinamento inicial um formato espetacular, sendo que, a própria pesquisa compunha a performatividade total da obra que foi apresentada.
Pensamos nas características de uma intervenção urbana onde se apropriar da cidade e suas fronteiras é também repensar sua funcionalidade, vasculhar estereótipos marginalizados e recuperar traços de suas características históricas e sociais.
Por esta perspectiva, voltamos nosso olhar para compreender os fluxos de determinados lugares de São João del-Rei, que, por ser dividida por rios, há pontes por toda a cidade, inclusive nas divisas que limitam o município. Sendo assim, atravessá-las é algo cotidiano para os transeuntes que vivenciam a cidade, que cortam caminhos e seguem para seus destinos.
No impulso criativo de investigar um determinado espaço urbano, as pontes pareceram um caminho possível. Foi eleita a Ponte do Porto Real.
A Ponte do Porto Real, ou Ponte do Porto, limita os municípios de São João Del Rei e Santa Cruz de Minas, cidade que em 1995, em busca de maior autonomia financeira, deixa de ser um distrito de Tiradentes.
Devido à esta recente separação, a pequena cidade ainda encontra algumas dificuldades administrativas e organizacionais, fato que refletiu no índice de violência e homicídio chegando a constar na lista das 20 mais violentas do país.
Atualmente os representantes públicos e os moradores vêm buscando contornar tal situação a partir da implementação de programas socioeducativos, valorização da cultura local e do turismo.
PALAVRAS-CHAVE: PERFORMANCE, INTERVENÇÃO, URBANA, PONTE